Quando o deputado estadual paulista Plínio Salgado retornou ao Brasil da Europa, em 1930, estava atordoado. Naquela mesma semana em que Getúlio Vargas se impunha como novo presidente da República, Plínio vinha com a cabeça cheia de ideias. O que havia visto na Itália tinha de ser o futuro. Romancista de algum sucesso da Semana de 1922, ele criaria a partir dali a Ação Integralista Brasileira, o maior movimento fascista que o mundo conheceu fora da Europa. Um movimento que chegou muito perto de se estabelecer no poder. No embate final com Getúlio, perdeu. E a partir daí, por décadas, o Brasil estudou muito pouco o Integralismo, um tema pelo qual as aulas de história costumam passar batidas. Como se fingisse que nunca havia ocorrido. Até agora. Os encamisados de verde do Sigma têm muito a dizer a respeito do Brasil de Jair Bolsonaro. Pela primeira vez contada num livro de história acessível ao público geral, esta é a história do verdadeiro fascismo brasileiro. Uma história que ainda não terminou, o novo livro de história do Brasil de Pedro Doria.

QUEM FOI O HITLER BRASILEIRO? Político mirrado do interior de São Paulo, Plínio Salgado criou a Ação Integralista Brasileira a partir de um encontro com Benito Mussolini. Era o Chefe Nacional, a quem os membros da AIB sempre cumprimentavam, braço elevado na saudação fascista, gritando três Anauês.

NARRATIVA ÁGIL, TODOS OS FATOS. Pedro Doria mergulhou nos mais recentes estudos dos melhores historiadores, foi à imprensa da época. Narra a história como um romance de ficção no qual tudo é realidade. Esta é a história esquecida do maior movimento …

NARRATIVA ÁGIL, TODOS OS FATOS. Pedro Doria mergulhou nos mais recentes estudos dos melhores historiadores, foi à imprensa da época. Narra a história como um romance de ficção no qual tudo é realidade. Esta é a história esquecida do maior movimento de extrema-direita do Brasil.

O MAIOR DESAFIO DE GETÚLIO. Entre 1930, quando chegou ao poder, e 1937, quando declarou o Estado Novo, Getúlio Vargas foi derrubando um por um seus adversários. Nenhum foi tão difícil quanto o movimento fascista brasileiro. No final dramático, Getúlio quase foi assassinado.

Como nosso presente anda cheio de passado, tem voltado à baila a obscura história do Integralismo no Brasil – esse movimento de extrema-direita, fundado em 1932 pelo jornalista Plínio Salgado. Os paralelos com a situação atual estão por toda parte, mas podem ser sintetizados no lema do Integralismo – ‘Deus, pátria e família’ –, convenhamos, muito utilizados nesses nossos tempos. O Integralismo era, até hoje, uma história esquisita e mal contada no Brasil. Pedro Doria muda esse panorama e mostra como os fantasmas daquele contexto têm insistido em nos assombrar nesses tempos complexos do agora.
— Lilia Moritz Schwarcz, historiadora

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Pedro Doria é editor do Meio, colunista de O GloboO Estado de S. Paulo, além da rádio CBN. É autor de oito livros, os últimos dedicados à história do Brasil. (Saiba mais.)